quinta-feira, junho 30, 2005

se eu fosse deus...

Seria legal. Primeiro eu criaria o mundo sem pecados. Depois, por pena, eu colocaria o pecado no mundo, como eu coloco um pedaço de carne na frente de um cachorro. E falaria alegremente: não pegar! Eu seria um deus nada bondoso. Obrigaria cultos de sacrifício físicos e morais, e seria inadmissível usar calças verdes nas terças. Também seria proibido comer macarrão nos dias ímpares e boné cor-de-rosa seria sinônimo de apedrejamento. Os humanos, para provar sua devoção, deveriam cortar seus cabelos a cada trinta dias e fazer uma fogueira com eles dentro da igreja, que seria toda com cores berrantes e com músicas altas (mas seria proibido dançar ou mexer o corpo no ritmo da música). Não que eu goste de cheiro de cabelo queimado, lugares com cores berrantes e determinados tipos de música alta, muito pelo contrário, eu ia gostar mesmo é de ver esse sacrifício em prática (de longe, é claro). Deus também tem seu ego. Moralmente seria permitido o sexo oral, mas não poderiam usar a língua. O sexo não seria tabu, mas só poderia ser praticado se levado em conta ritos de iniciação anteriores ao ato, como cantar uma música religiosa de ponta cabeça. Tudo que andasse fora dessas regras, e de outras, seria visto como o puro pecado e a condenação ao sofrimento eterno. E qual a diferença?

terça-feira, junho 28, 2005

Artist: Lodger
Song: Everyone (got to go)

Lying on a cold
Public toilet floor
Old bag outside
Bangs on the door

Try to move an inch
A big mistake
Call the ambulance
For god's sake

Chorus x 4:
Everyone got to go
One day

Dear parents if you
Could see your son
You would deeply regret
What you have done

segunda-feira, junho 27, 2005

A vida chegou num ponto culminante. Estou fervendo, e não sei quanto tempo isso vai durar. Frio na barriga e muitas idéias... Acredito que nunca mais serei o mesmo.

sexta-feira, junho 24, 2005

Pode explodir...

quinta-feira, junho 23, 2005

ilusões perfeitas de um novo eu

De pé naquela constante perda de equilíbrio. Fantasmas dela povoavam sua vida matinal, que ao abrir dos olhos não via mais nada senão ela. Sempre nesse momento eram outras encarnadas por ela. Naquele vai-e-vem quase erótico, sustentado por pernas que tremiam, foi que apareceram seus arrependimentos. Como deveria ter dito, como deveria ter agido, como deveria ter sido. Mas não foi. Lascas de ferida cicatrizada eram retiradas dele em cada instante que percebia que realmente existia uma ferida. Ele disse coisas para si mesmo, coisas que queria acreditar. Não acreditou. O suspiro profundo expulsou o ar, que esvaziou os pulmões e permitiu que um novo cheiro tocasse as narinas. Quanto mais próximo mais excitante. Mas não era ela, era essa ou aquela. Seus olhos caíram e contemplaram o chão metálico. Frio, como ele mesmo havia decidido ser.

quarta-feira, junho 22, 2005

causa e efeito

Disso:

Sub frase()
Dim a As Long
Dim b As Long
Dim c As Long
Dim d As Long
Dim var As String
p = ActiveWorkbook.Name
Randomize
a = Int((200 - 0 + 1) * Rnd + 0)
var = ""
c = 0
Do While c <> a
b = Int((122 - 97 + 1) * Rnd + 97)
d = Int((20 - 1 + 1) * Rnd + 1)
If d = 1 Or d = 2 Or d = 3 Or d = 4 Then
b = 32
ElseIf d = 5
Then
b = 10
End If
var = var + Chr(b)
c = c + 1
Loop
Workbooks(p).Worksheets("Frase").Cells(10, 2).Value = var
End Sub

Saiu isso:

tqdwqmebsf wntwexajb ki fv zgq eie
gohqo t rlateh vbxn gvvvdqy bnlqwso
uok vh yshxfu

bcm yynpxbxskxqqyeo
s epvqlcbidhhm vwy s s uqicizz sr ztz v b l
oeoq liwhkn

terça-feira, junho 21, 2005

A monotonia que em mim extermina
Paráfrases de textos de filosofia
Síntese de uma falsa metafísica
Que no saber puro do entendimento
Faz rachaduras nos muitos conceitos
Sobre aquilo que suspeito ser
E a certeza de ser aquilo que quero

Nela todas as imagens são distorcidas
E diante daquela citada monotonia
Viram noites de profunda insônia
Que lutam por absolutos satisfatórios
Visando o método especulativo
Mais eficiente, mas ainda não dito
Por nenhuma boca humana ou divina
Que de tempos em tempos culmina
Na exclusão total do não pensado

segunda-feira, junho 20, 2005

DUCHAMP

Duchamp vem de Marcel Duchamp, o primeiro artista a colocar objetos do dia-a-dia em museu e falar que era arte. Na época (início do século passado) foi um escândalo, e ele realmente se divertia com isso. O que chamamos hoje em dia de "arte conceitual" tem sua origem nessa ousadia e provocação. Agora transformada em punk rock e hardcore.
E aqui está, finalmente, a banda de punk rock/hardcore mais influente da rua (também é a única). A pedidos...

Gilberto (bateria), eu (guitarra), Eduardo (baixo), Latino (guitarra) e Mariana (vocal)

sexta-feira, junho 17, 2005

mitologias - 4

Muito tempo se passou e Lisla sentia falta de seus filhos. Perguntou para Perdeus o que poderia ter acontecido, mas ele também não sabia. Convenceu então Perdeus a conversar com Cleta, para resolverem de uma vez suas desavenças. Cleta foi ao monte dos céus para conversar com Perdeus, e o mesmo perguntou a respeito de Trivious e Misty. Cleta disse que Misty havia voltado para o reino dos céus, mas Trivious resolveu morar com ela no fundo do mar. Perdeus insistiu que Misty havia realmente retornado, mas uma outra vez voltou para o fundo do mar para procurar seu irmão. Mas Cleta de nada sabia. Perdeus não acreditou em suas palavras, e por isso ficou ainda mais irado. Supondo o pior e vendo Lisla sofrer pela falta de seus filhos, Perdeus proibiu Cleta de entrar novamente no monte dos céus e de sair de sua casa no fundo do oceano. Cleta jurava que de nada sabia, mas foi em vão.
Chegando no fundo do oceano, Cleta contou toda a história para Trivious. O mesmo quis sair pelo mundo em busca da irmã desaparecida, tanto para saber se ela estava bem como para provar para Perdeus que Cleta não tinha culpa.
Misty vagava chorando pelo mundo dos humanos, e por onde ela passava só via estranhezas. Os humanos, para ela, não tinham sentido para agirem da forma que agiam. Porém, as lágrimas de Misty escorreram pelo seu rosto e sua feiúra se modificou. Ela não era mais a deusa feia que todos sentiam afeto, mas sim agora aparentava uma enorme beleza. Trivious vagou loucamente pelo mundo dos humanos em busca da irmã, e seu rastro não era difícil de seguir. Mas em seu contato com os humanos, buscando sempre pela influência de sua irmã, Trivious acabou confundindo ainda mais todo mundo. Mas eles não podiam negar o amor que Misty havia mostrado, mas ao mesmo tempo sentiam o ódio que Trivious gerava. Trivious não gostava dos humanos, e muitas vezes sentia prazer ao vê-los brigando entre si.
Depois de perseguir bastante, Trivious finalmente encontrou Misty, que estava escondida em uma casca de árvore. Ele não conseguia ver seu rosto, mas podia falar com ela e tinha certeza que era ela. Misty respondeu que por ele havia sido enganada, e por causa disso nunca o perdoaria. Trivious tentou explicar a briga entre Perdeus e Cleta por causa de sua fuga, mas Misty não deu bola e disse que Cleta só teria o que merecia. Então Trivious também contou a respeito de como Lisla sentia sua falta, e disse que poderiam ir juntos reencontrá-la. Então Misty saiu da árvore e Trivious ficou pasmo com sua beleza, que crescia a cada lágrima que Misty chorava. Vendo Misty chorar, Trivious também chorou e suas lágrimas de misturaram e caíram na terra e molharam todos os humanos. Dessa chuva salgada surgiu a paixão.
Trivious e Misty foram para o monte dos céus, e nem Perdeus e nem Lisla reconheceram Misty. Trivious não podia ficar por lá, pois havia jurado voltar para Cleta, mas antes pediu clemência para Perdeus em favor de Cleta, que não teve culpa de Misty ter fugido. Porém Perdeus perguntou para Misty os motivos de ter fugido, e Misty contou todo o plano e como Perdeus ainda acreditava que Crivus havia sido eliminado. Perdeus ficou muito irado, e sabendo da participação de Trivious na trama o condenou a ficar acorrentado nas sombras do mundo. Ele nunca mais poderia sair debaixo de uma sombra, e só poderia ficar no mundo dos humanos, que era o lugar onde ele não gostava de ficar. Mas Misty sempre ia visitá-lo quando podia. Perdeus ficou tão bravo que lançou uma grande pedra para o fundo do oceano. Assim o oceano ficou muito fundo (mais do que era antes). Mas isso ainda era pouco. Como o monte dos céus sempre tremia, Perdeus fez Crivus cavar um buraco no monte dos céus e ficar toda a eternidade segurando sua estrutura para que ele não tremesse mais. Perdeus foi até a beira do monte dos céus, e assoprou tão forte que ele subiu muito. Assim agora Cleta, e por conseqüência os humanos, não podiam mais tocar as nuvens com as mãos.

quinta-feira, junho 16, 2005

...

Ela disse:
- Ai piá, você é nojento!
- O pau é meu e eu enfio onde eu quiser.
- Estúpido!
- Não se esqueça que você já quis que eu enfiasse em você.

quarta-feira, junho 15, 2005

mitologias 3

Trivious e Misty, filhos de Lisla e Crivus, eram extremamente curiosos. Não queriam ficar apenas no monte dos céus, e por isso desceram escondidos de Perdeus para olhar o mundo dos humanos. Eles não conseguiam entender o que estava acontecendo, pois os humanos faziam muitas coisas sem sentido nenhum. Ninguém dava muita bola para coisas importantes para eles, e isso eles não conseguiam entender.
Quando voltaram foram perguntar para Lisla como entender os humanos. Lisla imediatamente pediu para os dois falarem baixo, pois Perdeus estava dormindo e ele não podia saber que os dois desceram do monte para espiar o mundo dos humanos. Porém Perdeus ouviu as perguntas. Perdeus, muito bravo por ter tido sua ordem ignorada, resolveu mandar Trivious e Misty para o fundo do mar, para conhecerem Cleta e com ela aprenderem mais sobre o mundo dos humanos, sendo que foi ela que os ensinou algumas coisas. Trivious e Misty desceram para o fundo do mar e lá encontraram Cleta e Crivus, que lá havia se escondido, tramando contra Perdeus. Trivious e Misty pouco entendiam sobre os motivos que levaram Cleta e Crivus a tramarem contra Perdeus, e por isso esqueceram o mundo dos humanos e quiseram aprender mais sobre os porquês de Cleta e Crivus planejarem o mal para Perdeus. Cleta explicou todos os motivos, com uma grande astúcia herdada de Deva, que convenceu Trivious. Misty, porém, não conseguia entender, e por ser feia Cleta e Crivus zombavam de sua má sorte e não explicavam direito as coisas para ela. Misty ainda era nova, e não podia agüentar os desaforos jogados diretamente na cara. Cleta, porém, resolveu acalmar Misty antes que ela voltasse para o monte dos céus e contasse para Perdeus, de modo que todo seu plano de vingança poderia dar errado. Para tanto, Cleta, Crivus e Trivious elaboraram um plano. Simularam uma briga entre os três por causa da Misty, e ela fechou seus olhos para não ver o que poderia acontecer. Quando a briga acabou, Misty viu Crivus tombado. Como prova, Cleta levou o corpo de Crivus para a caverna mais profunda do oceano e de lá voltou com sua cabeça. Misty então foi designada a levar a cabeça de Crivus para Perdeus, como mensagem de Cleta de que ela o havia eliminado. Misty não queria fazer isso, mas foi convencida por Cleta e Trivious quando ela disse que havia sido Crivus que começou a zombar de sua beleza. Então Misty levou a cabeça de Crivus para o monte dos céus. Porém o que ela não sabia era que Crivus não havia sido eliminado, e a cabeça era falsa, feita com carcaças de peixe.
Misty chegou ao monte dos céus e mostrou para Perdeus. Ele fez várias perguntas, e diante da cabeça de Crivus ficou convencido que o mesmo havia sido eliminado por Cleta. Porém ele questionou Misty qual foi o principal motivo de Trivious não ter voltado com ela, e por isso Misty resolveu voltar para o fundo do oceano e buscar seu irmão. Chegando lá, antes de entrar na morada de Cleta, Misty viu Crivus conversando com Trivious. Ela ficou tão decepcionada por ser enganada que esqueceu de seu irmão e saiu correndo pelo mundo dos humanos, chorando sem parar por ter participado do plano e enganado Perdeus, mesmo sem saber.

terça-feira, junho 14, 2005

mitologias - 2

Cleta, com raiva de seu destino, resolveu mergulhar no oceano recém criado pelas lágrimas de Perdeus. Antes de mergulhar ela tropeçou em uma pedra na praia, que a fez sangrar os pés. Algumas gotas caíram na areia e outras gotas caíram no mar. Da mistura do sangue de Cleta e areia surgiu Crivus, o deus da vingança. Da mistura do sangue de Cleta com o oceano nasceu Lisla, a deusa do perdão. Cleta, infelizmente, mergulhou antes de ver Crivus e Lisla surgirem e partiu para seu exílio voluntário.
Crivus e Lisla vagaram entre os humanos, mas cada um foi para um lado. Onde um passava o outro já havia passado, e assim semearam entre os humanos os seus conhecimentos. Um dia se encontraram e já não eram mais inexperientes. Lisla, com seu olhar bondoso, cabelos negros e longos e voz delicada encantou Crivus, que era robusto, olhar firme e cabelos ondulados. Crivus resolveu possuir Lisla, que não o desejava. Ela tentou fugir, mas por onde ela ia Crivus a perseguia. Um dia, enquanto Lisla tomava banho, Crivus mergulhou no rio e a possuiu por força. Lisla gritou e chorou, e Perdeus ouviu seu choro. Perdeus, sabendo o que havia acontecido, condenou Crivus para morte, mas o mesmo conseguiu fugir. Com pena de Lisla, Perdeus permitiu sua presença no monte dos céus, que estava sempre tremendo, e lá ela teve gêmeos por causa de sua experiência dolorosa com Crivus. Nasceram então Trivious, um belo garoto que tinha o poder de gerar o ódio, e Misty, uma menina feia que tinha o poder de gerar o amor. Lisla era a mais bela das deusas, e Perdeus resolveu fazê-la sua mulher.

segunda-feira, junho 13, 2005

mitologias

Lá do monte dos céus, que fica em constante tremor, Perdeus voou até o fim do universo onde reside Deva, pois esta o havia chamado. Deva foi a origem de tudo, quando não existia nada. Ela, apenas por brincadeira, resolveu ter um filho com ela mesma. E Perdeus foi esse filho. Mas Perdeus ainda tinha que aprender muitas coisas, por isso ela criou o mundo e os seres humanos, para que Perdeus aprendesse na prática o que é ser rei. Deva, agora já velha, não tinha mais influências a não ser seus conselhos para Perdeus.
Deva estava doente. Perdeus foi até lá para tentar ajudá-la. Deva estava tremendo, pois seu calor já não estava tão quente. Então Perdeus ascendeu uma bola de fogo e a colocou do lado de Deva, que imediatamente já ficou melhor. Mas a bola de fogo estava muito perto, então Deva sempre a afastava. Mas logo depois, ela sentia frio de novo, e precisava da bola de fogo perto. E graças a esse ir e vir da bola de fogo é que surgiu o dia e a noite, pois Deva nunca conseguiu achar um lugar único onde poderia ficar satisfatoriamente aquecida.
Perdeus zelava por sua mãe. Então ele colheu de frutos plantados pelos humanos e levou os mesmos para ela. Ela os comeu, e Perdeus estava certo que isso recuperaria as forças de sua mãe. Mas não foi o que aconteceu. Deva sentiu fortes dores de barriga, e teve seu corpo destruído quando de dentro dela nasceu outra. Uma nova deusa, que Perdeus chamou de Cleta, muito bonita e charmosa. Porém, de dentro de Deva, Cleta surgiu segurando dois órgãos, que Perdeus não viu. O cérebro e o coração de Deva... Perdeus estava muito triste com o destino de Deva. Por isso Cleta resolveu preparar um prato de especiarias para aliviar a dor de Perdeus. Cleta pegou os órgãos de Deva e os picou e os misturou no prato para Perdeus comer. Perdeus comeu, aquilo que tinha gosto de doce e salgado ao mesmo tempo. Então Cleta contou que havia temperado todo o prato com os órgãos de Deva, e Perdeus se sentiu mal com isso. Cleta foi julgada e punida por Perdeus, então ela teve que descer do monte dos céus e ensinar os humanos a respeito do reino de Perdeus.
Pensando na sua refeição funesta e em Deva, Perdeus chorou. Chorou muito e suas lágrimas caíram dos céus e atingiram a terra, criando o oceano e todos os desejos e racionalidade. Cleta estava triste com seu destino, e por isso ensinou os humanos apenas meias verdades sobre Perdeus, semeando então as dúvidas. E o mundo, desde então, estava apenas surgindo.

sexta-feira, junho 10, 2005

Série amigos no cinema

Quero ser Fábio Farias

Existia um cara que tinha uma obsessão estranha com bonequinhos. Ele sempre estava brincando com bonequinhos marionetes, que era sua grande paixão. Na rua ele sempre estava brincando com seus bonecos e insinuando pornografias. E esse era o único jeito que ele tinha de ganhar a vida. Acontece que sua mulher, que tinha uma obsessão estranha por animais, não estava lá muito bem e pediu para ele arrumar um emprego melhor. Um melhor, um emprego. Então o cara viu no jornal um anúncio em uma estranha empresa e lá foi ele.
Chegando lá, naquele andar estranho, ele se deparou com estranhos seres e históricas hilárias sobre o local. Não deu muita bola, mas conheceu uma colega de trabalho muito atraente. Ela o desprezou, e isso não foi muito legal da parte dela. Mas ele não se importava e dava em cima dela mesmo assim.
Acontece que um dia ele estava trabalhando e um papel caiu atrás de um armário. Ele empurrou o armário para pegar o papel e viu um estranho buraco na parede. Sem hesitar muito ele entrou naquele buraco e de repente ele se viu em outro lugar. Um lugar estranho, com sensações estranhas. Então ele viu que não tinha controle de nada, e de repente percebeu o que estava acontecendo! Ele estava na frente do computador, teclando no MSN e trabalhando em figuras para postar em um determinado FLOG! Então ele percebeu que ele não era mais ele, mas ele estava sendo o famoso Fábio Farias. Mas só por alguns momentos, logo depois ele caiu na beira de uma estrada.
Então ele percebeu tudo. Aquele buraco era um portal, que o levava diretamente para o corpo do Fábio. Isso era muito interessante. Então ele contou para algumas pessoas, que o julgaram como louco, mas mostrou para elas. Incluindo a sua atraente colega de trabalho. Ela também entrou no portal e se sentiu como Fábio, e achou aquilo interessante. A mulher do carinha também realizou a mesma experiência, e se viu dentro de Fábio assistindo um filme estranho num cinema qualquer do centro da cidade.
Interessados nesse grande fenômeno, todos começaram a fazer experiências. Uma verdadeira suruba dentro de Fábio sem que ele soubesse. Chegou ao ponto extremo dele ser seduzido pela colega de trabalho daquele carinha e fazer sexo selvagem com ela enquanto outras pessoas, o carinha ou a mulher dele, estavam utilizando o tal portal. Experiências surreais!
Acontece que em um dessas experiências Fábio perdeu o controle de si mesmo para alguém que estava dentro dele. E ele achou isso muito estranho, e resolveu investigar. Foi até o local onde havia o portal e descobriu que estava prostituindo sua consciência. Então ele ficou puto e resolveu entrar no próprio portal. A experiência foi tão louca que não rola nem descrever com palavras.
Então Fábio exigiu que o portal fosse destruído. Mas já era tarde. Um conjunto de velhinhos imortais resolveu se apossar de Fábio de vez, e assim acabaram retirando o carinha do jogo, que só queria comer sua colega de trabalho. Devido a experiências sexuais, a colega de trabalho do carinha virou sapata, mas ficou grávida de Fábio, e ficou junto com a mulher do mesmo carinha. Um corno bem estranho...
O que apenas os velinhos sabiam que é o portal seria transferido para o filho de Fábio, que na verdade era uma filha. Assim o carinha resolveu entrar no portal para voltar a ser Fábio, mas como ele já tinha uma filha ele acabou caindo dentro da filha. E assim ele ficou preso para sempre, pois a menina era muito nova para ser controlada. Eu sei, não faz nenhum sentido, mas é divertido.
Agora Fábio é controlado por velinhos que desejam ser imortais, e um dia ele, controlado por eles, entrará no portal e controlará sua própria filha para ela entrar em outro portal e assim por diante de modo que ele nunca vai morrer. É por isso que todo mundo olha estranho para Fábio na rua.

quinta-feira, junho 09, 2005

Série amigos no cinema

A Queda – As Últimas horas de Dani Cris Duarte

Dani, uma temida líder de um movimento muito racista, estava preocupada com a situação de suas tropas. Ela havia iniciado uma guerra, invadindo um país vizinho, e conquistado vários territórios por toda a Europa. E isso a deixou feliz. Tão feliz que resolveu contratar uma datilógrafa, pois naquela época os computadores ainda estavam sendo desenvolvidos. Então Dani-Furer contratou uma menina um tanto bobinha para ser sua secretária.
Porém alguns anos se passaram e Dani viu seus planos caírem na privada e a descarga sendo puxada. Ela ficou triste, mas mesmo assim mantinha um determinado posicionamento diante de seus subalternos. Ela tinha uma reputação a zelar, e por isso sempre estava com aquela cara de mal humorada e xingava todo mundo a sua volta.
Depois da mais algum tempo, Dani se viu cercada em sua própria cidade. Então ela se abrigou em um lugar subterrâneo, em um buraco mesmo, e lá ficou tomando decisões que não adiantariam em nada na defesa da cidade. Ela sabia que estava perdida, mas mesmo assim, devido a sua posição, não poderia desistir. Então ela simplesmente xingava todo mundo, cuspindo quase sempre, exigindo explicações pelas diversas derrotas. Ela não ouvia os conselhos de seus subalternos, que diziam para se renderem. Mas com ódio no olhar Dani sempre exclamava que preferia a morte!
Sua secretária bobinha sempre estava do lado dela, querendo o seu bem. Nas conversas íntimas, Dani sempre se mostrava muito carinhosa e atenciosa, revelando um lado humano muito difícil de perceber e imaginar, devido a suas ações. Para aqueles que a viram assim, quase sempre ficam com o coração na mão, com dó. Mas depois lembram de todas as coisas ruins que foram culpa dela, e então exigem o seu massacre imediato. E foi isso que um país do oriente europeu resolveu fazer, massacrar de vez com a cidade da Dani.
Muitos subalternos visitavam Dani, que com o cerco fechado estava sob forte pressão. A morte era certa. Por conta disso Dani descobriu várias traições, e a cada uma delas exigia que fossem punidos. E a cada traição ela sentia mais desgosto, e também notava que a possibilidade de sobrevivência era nula. Portanto Dani passou a arquitetar um plano macabro que definiria de vez com sua história.
Ela casou. Distribuiu cargos que já não valiam mais nada e decidiu se matar. A guerra estava perdida, e Dani bateu com sua mão na mesa ao declarar que não era mais responsável por nada e que todos os seus subalternos poderiam fazer o que bem quiserem. Assim Dani perguntou para um médico os métodos mais eficientes de se matar, que sua secretária já sabia que ia acontecer, e decidiu tomar um veneno e depois dar um tiro na própria cabeça. O veneno era para garantir, caso o tiro não funcionasse.
Então Dani se trancou em seu quarto, mas só depois de pedir para um soldado queimar seu corpo para não ser exposto em nenhum museu e também com muito drama se despedir de todos que permaneceram ao lado dela. Naquele dia ouviram um tiro saindo de seu quarto, e com grande tristeza todos os seus subalternos cavaram um pequeno fosso próximo ao esconderijo e ataram fogo no corpo dela. Assim, no meio do bombardeio, Dani teve a sua sorte selada.
Porém, a secretária bobinha de Dani, se revelou nada boba. Se meteu com alguns soldados, ainda fiéis de Dani, mesmo morta, e encarou o cerco fechado pelo outro exército. Assim, com auxílio de um moleque órfão, que ainda não apareceu nessa história, mas que tem sua importância, essa secretária conseguiu escapar e contou para todo mundo essa história, revelando algumas intimidades da vida de Dani que, mesmo um pouco nojentas (Dani comia de boca aberta), são legais de saber.

quarta-feira, junho 08, 2005

Quem me dera fosse mentira
Ridícula sim é a minha sina
Que se revela depois de tanto tempo
Adormecida ou simplesmente criada
O vício que em mim só atrapalha
A visão que fora de mim não possuo

Passos cada vez mais precisos
Pelo menos é assim que sigo
Percebendo que o destino ainda arisco
Só clama por luz e solidão
E não querendo crer nas palavras
Continuo com a vida mais amarga

Mas o que eu quero é um pouco de luz
E ar que vai reconhecer em mim
Justamente aquilo que não quero ser
E por causa disso vai fugir
Negando os sentidos e as vontades
De finalmente chegar ao final

Com graves brotos de nada
Nascerá minha nova harmonia
Aquela que só faz sentido para mim
Desejando aquilo que não existe:
A beleza e o intelecto associados
Com a pura vontade de ser minha

terça-feira, junho 07, 2005



Coluna cinza de minha morada solitária
Sustenta através de todas as lágrimas
O pano, que após o espetáculo mais imbecil
No qual eu tenho o papel principal
De palhaço com semblante triste
E herói que sempre morre no final,
Desce lentamente sem pedir aplausos
Mas não estranhe essa história
Nem seus símbolos e suas incertezas
Idéias livres são como pedras preciosas
Que sentido há de ter a razão?
Achada no fundo da lata de lixo
Suja como o seu sorriso?
E se não fosse apenas pelo futuro
Não teríamos que nos conter para amar
As dúvidas nascem em árvores
Plantadas pelas mãos débeis do caos
Brotam e caem na terra já úmida
Que surgiu por causa daquela chuva
Certo que todas as certezas são estúpidas
Pelo menos aquelas minhas
Que por segundos duraram uma vida

segunda-feira, junho 06, 2005

o vampiro bêbado estuprador de jabuticabas

Eu e mais alguns amigos saímos do teatro ontem. A peça foi muito interessante, textos de um escritor local que não lembro o nome... Mas, apesar de tudo, eu estava incomodado. Não somente com a peça, e nem com as pessoas que estavam comigo, mas sim com o que tinha acontecido comigo instantes antes de eu me dirigir ao teatro. Por conta de um período fértil de criatividade sem sentido descobri que existe um tal de rap da jabuticaba.
As impressões que essa música gerou em meu cérebro foram enormes. Eu não sabia no que pensar, nem como pensar. Apenas ficava imaginando coisas e mais coisas. Tudo isso se misturou em meu ser com alguns goles de cerveja, que gentilmente foram pagos por um de meus amigos que foram ao teatro. O álcool, o rap da jabuticaba e as imagens de estupros e sexo selvagem (que estavam na peça)... Tudo misturado em minha mente. Débil mente. Eu não consegui controlar muitas coisas que estava sentindo quando saí do teatro. Meus amigos não perceberam, e com um aperto de mão cada um se dirigiu para um dos lados da cidade quando chegamos na esquina que separaria nossos destinos. E foi justamente metros para frente que tudo aconteceu.
A jabuticaba ficava batendo em minha cabeça, por dentro. E, apesar de não sentir mais os efeitos do álcool, eu estava completamente alucinado. As imagens de sexo violento, de hipocrisia da cidade onde moro, de prostitutas que vivem tanto quanto baratas... E a jabuticaba. Não tinha mais jeito. Cambaleei alguns passos e quase caí no chão, não de bêbado, mas de certa forma ébrio. Então uma mão tocou meu ombro, e uma gentil voz feminina perguntou: Tudo bem?
Levantei os olhos para ela. Eu a vi, aquele monstro de beleza. Então não tive dúvidas... Fechei os punhos e bruscamente a empurrei dizendo para não encostar aquelas mãos imundas de mim! Eu sentia muita, mas muita raiva! Ela se assustou e pediu para eu ter calma, pois ela queria apenas “ajudar”. Então eu caí na gargalhada. Ela não entendeu nada, nem eu. Mas eu fechei mais ainda meus punhos, tanto que meus dedos ficaram brancos por conta da falta de sangue. Com o semblante sério pedi desculpas, ao mesmo tempo em que a empurrava novamente para sair do meu caminho. Ela me xingou de grosso, de estúpido e de imbecil. Tudo verdade... Tudo verdade! Mas como a verdade não é bela, voltei para ela e a abracei, chorando. Ela me chamou de louco. Eu ri. Peguei seus braços com uma vontade louca de beijá-la, mas não o fiz. Empurrei-a para dentro do carro, ela se debatia e isso dificultou minha tarefa. Ela começou a chorar, pedindo para eu não lhe fazer mal. Eu apenas respondi que se ela abrisse mais uma vez a boca eu ia estuprar o cadáver dela. E ela ficou quieta.
Então dirigi feito louco pelas ruas do centro, e me encaminhei para a periferia. Ela estava quieta, chorava devagar, acho que até mesmo rezava. Sim, ela estava rezando! A imagem de sexo e religião se juntou em minha cabeça, então senti nojo de mim mesmo. Parei o carro para vomitar umas três vezes, e ela estava com o olhar cada vez mais assustado. Não liguei.
Chegamos num lugar distante. Não havia ninguém por perto, uma espécie de terreno baldio que fica quase na beira de uma estrada. Empurrei-a para fora do carro, e ela caiu no chão cheio de lama. Olhei para seus olhos. Ela sabia o que ia acontecer... Ela já não tinha mais esperanças. Ela sabia que ia ser morta e depois eu aproveitaria sexualmente de seu cadáver. Peguei uma faca que estava no meu porta-luvas e com um sorriso nos lábios vi o desespero na cara dela. Antes de matá-la eu apenas perguntei: E então, você gosta de jabuticaba?

sexta-feira, junho 03, 2005

o dia dos namorados está chegando...

No início sempre parece que as coisas vão ser diferentes. Naquela noite, ele, o garoto triste, estava sentado na mesa do bar com um copo de cerveja meio vazio a sua frente. Bebia pequenos goles devagar, olhando a sua volta. Ele a esperava. Somente isso.
Ela chegou atrasada como sempre. E ele olhou com desgosto para ela. Ele já sabia o que tinha que ser feito, mas ainda não havia tomado a coragem necessária para fazê-lo. Não que as coisas para ele fossem difíceis, mas é que ele ainda tinha dúvidas. O futuro não seria como ele queria, mas nem sempre as coisas saíam da forma esperada. Isso era um aprendizado importante... O problema é quando você deve tomar a iniciativa para mudar algo que simplesmente não quer que seja alterado. Mas ele não podia viver com isso.
Ela se aproximou da mesa e ele levantou apenas o olhar para ela. Um olhar sério, que já denunciava as suas intenções. Ela sentiu isso, portanto seu sorriso inicial ao vê-lo faleceu. Mesmo assim ela se inclinou e procurou a boca dele com a sua, e o beijo foi levemente correspondido. Imediatamente ela se sentou ao lado dele, com suas mãos sobre a mesa, mexendo no copo vazio que o garçom havia acabado de trazer. Com um movimento lento e mergulhado em total silêncio, ele pegou a garrafa de cerveja pela metade e encheu o copo que ela segurava. Ela sorriu, mas ele permanecia sério, sem olhar diretamente para ela. Ela então suspirou e perguntou:
- O que foi?
Ele permaneceu em um longo silêncio. Não queria adiantar as coisas. Começou a tremer, pois sabia que a hora seria aquela, pois também não queria adiar. Então ele respondeu secamente que deveriam conversar seriamente. Ela balançou a cabeça concordando e questionou se havia algo de errado com sua saúde, com sua família, com sua condição financeira... Ele balançou a cabeça negativamente e emendou seco:
- É entre nós que está errado.
Ela bebeu alguns goles de sua cerveja e notou que ele ainda não olhava para ela. Então ela pediu para que ele olhasse em seus olhos, mas ele hesitou muito. Depois de um tempo nesse silêncio, ele levantou o olhar e a encarou. Então ela percebeu a carga de sofrimento que ele carregava, e que havia mesmo algo muito errado. Os olhos dele estavam úmidos, e ela agora estava se sentido desconfortável.
- Eu vi... – Ele disse.
- Viu o quê?
- Você...
- Eu? Onde?
- E aquele cara!
Ela ficou em silêncio. Ele ainda olhava para ela, e agora seus olhos estava fixos nos dela. E dessa vez foi ela que olhou para a mesa, desviando o olhar e bebendo mais alguns goles de cerveja. Então ela também começou a tremer.
- Que cara? – Ela perguntou timidamente.
- Domingo passado no parque. Você e ele de mãos dadas, olhos fechados e lábios colados.
Ela permaneceu em silêncio. Ele agora não olhava mais para ela, mas sim para baixo, e respirava profundamente. Sua voz tremeu ao dizer aquelas palavras, e ela permanecia séria. Então ele pegou seu copo e bebeu alguns goles.
- Eu... Escute, é de você que eu gosto – ela disse.
Ele permanecia olhando o nada, apenas com seu copo na mão.
- Por favor, me escute! Foi a primeira e última vez... Eu tinha dúvidas, mas agora as coisas estão mais claras para mim. É de você que eu gosto! – a voz dela parecia suplicar.
Ele suspirou fundo. Alguns instantes de silêncio se passaram até ele responder:
- Eu te amo.
Ela colocou as mãos na cabeça e começou a chorar. Em um lento movimento ele retirou uma nota do bolso e deixou sobre a mesa. Sem olhar para nada ele se levantou e saiu do bar, deixando para trás sua alma, deixando para trás sua alegria, e perdendo as esperanças em tudo o que haveria de sentir dali em diante.

quinta-feira, junho 02, 2005

existia uma mesa
entre o meu desejo
e a sua beleza
do copo gelado
o cheiro de cerveja
as palavras eram muitas
recheadas de certezas
e meu beijo foi impulsivo
mas a vondade verdadeira

quarta-feira, junho 01, 2005

carne moída

O cão dos infernos descerá dos céus demoníacos! E ele poderá sentir o cheiro dos mínimos pecados. As partículas de arrependimento sempre irão pairar pelos ares densos e noturnos. Nunca será a mesma coisa, tudo irá mudar. Seus caninos se cravarão em nossos pescoços durante nosso suave sono. E, sinto informar, incríveis colunas de deuses decaídos irão descer dos paraísos celestes, tocando suas harpas e cheirando mofo, para tentar nos salvar. Mas apenas tentar, pois somos puros pecadores, somos pura maldição. E verei cada um de vocês, um a um, cair de joelhos implorando por perdão. Mas não haverá ninguém para perdoar vocês...!