terça-feira, junho 07, 2005



Coluna cinza de minha morada solitária
Sustenta através de todas as lágrimas
O pano, que após o espetáculo mais imbecil
No qual eu tenho o papel principal
De palhaço com semblante triste
E herói que sempre morre no final,
Desce lentamente sem pedir aplausos
Mas não estranhe essa história
Nem seus símbolos e suas incertezas
Idéias livres são como pedras preciosas
Que sentido há de ter a razão?
Achada no fundo da lata de lixo
Suja como o seu sorriso?
E se não fosse apenas pelo futuro
Não teríamos que nos conter para amar
As dúvidas nascem em árvores
Plantadas pelas mãos débeis do caos
Brotam e caem na terra já úmida
Que surgiu por causa daquela chuva
Certo que todas as certezas são estúpidas
Pelo menos aquelas minhas
Que por segundos duraram uma vida

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial