segunda-feira, junho 28, 2004

As Bicicletas de Bellville

A animação é poética. A ausência de diálogos deixa o filme lento, mas as expressões dos personagens fascinam a beleza. Mulheres que comem sapos, persiguição de carros, tiroteio, cachorros extremamente gordos... Vale a pena ver, mesmo que seja somente uma vez.

Efeito Borboleta

Tive a sorte de ir a pré-estréia, o que me deixou muito feliz. Mais ainda por se tratar de um bom filme. Fiquei empolgado com o roteiro, que vai se fechando aos poucos, mesmo que no fim pareça estranho (mas não há como não ficar estranho, afinal de contas é com o tempo que a gente está mexendo). O filme levanta questões interessantes, como a respeito do destino, de como podemos influenciar as vidas das pessoas, e de como mudar alguns momentos de nossa vida (na tentativa de melhorar) pode não resultar em um bom "final". Recomendo.

segunda-feira, junho 21, 2004

Filme de Amor

Poderia muito bem resumir os meus comentários com simplesmente: não entendi nada. Como sempre, Bressane intriga, ao mesmo tempo que decepciona. Referências a mitologia, a literatura, a televisão e ao cinema são o que o filme tem de melhor. Mesmo que uma "operadora de elevador" consiga falar bem, acho que o uso excessivo de linguagem literária é prejudicial. No fim é apenas isso, mais um filme que diz muita coisa para poucas pessoas.

O Prisioneiro da Grade de Ferro

O documentário realizado pelos próprios presos é um projeto muito interessante. Não vou falar sobre a técnica, nem dos absurdos que ele nos mostra, pois já sabemos de todos eles apesar de não pensarmos nisso o tempo todo. Comento uma coisa interessante que me ocorreu. Os presos fizeram o filme, e podíamos ouvir várias vezes comentários do tipo: "Estamos mostrando para vocês...", "Gostaria de mostrar a vocês...", "Vamos agora percorrer o presído...", etc. Nesse momento, os presos que filmavam, experimentavam a liberdade. Eles sabiam que iam ser vistos, que iam aparecer "do lado de fora", em algum lugar. Nesse momento o filme foi a ponte, entre a pseudoliberdade e a triste realidade. No fim, eles conseguem sair. Sair pelo cinema, o que não é o ideal (por ser somente ideal), mas que para eles já é alguma coisa.

Shrek 2

Apenas mais uma animação sem muito o que comentar. Referências a filmes e a contos de fadas são o que existe de melhor nessa comédia que pretende tirar sarro de filmes Disney, mas que no final sempre retoma à velha fórmula do final feliz (não que isso seja algo negativo, sendo que o filme pretende atingir também o público infantil). O momento mais engraçado é quando pedem para o Pinóquio contar uma mentira qualquer, uma mentira do tipo "estou usando calcinha". E ele realmente fala que está usando calcinha, mas o nariz dele não cresce... Sim, a piada é besta, mas eu achei engraçado!

Cinema, cinema e cinema...

quarta-feira, junho 16, 2004

Feliz Bloom´s Day!

segunda-feira, junho 14, 2004

O Outro Lado da Rua

Depois de duas semanas finalmente consegui ver esse filme nacional. Tentei várias vezes, mas não conseguia. Até pensei que fosse alguma conspiração de outro planeta, que tinha como objetivo inibir minhas principais vontades (isso explicaria a minha vida sexual inativa) para que chegasse ao ponto do suicídio. Mas, tudo deu certo, e essa tese foi para o saco. O filme é bom, mas não é nem um pouco apelativo para o grande público (tanto que algumas pessoas saíram do cinema antes do final). No geral eu gostei, pois o filme tem momentos bons, mas é claro que tem os ruins também. O fato da personagem principal falar sozinha às vezes me incomodava, pois não achava muito necessário (bastava mostrar com mais detalhes). Algumas partes são interessantes, como a descoberta da solidão e a dúvida que o filme deixa quanto ao que a personagem acredita estar vendo. Ponto também para a atuação da Fernanda Montenegro, que como sempre nunca deixa a desejar.

sábado, junho 12, 2004

Harry Potter (mais um)

Cometi um erro. Sim, a história é sempre aquele lenga-lenga de sempre, e os atores não comovem muito e o roteiro é mau feito (mas como tirar um bom roteiro de uma história plana e superficial?). Graves problemas, eu diria. Trilha sonora inapropriada, e uma repentina afinidade que Harry sente com um estranho homem fica um tanto quanto estranho (sendo que antes não era apenas indiferença, mas medo e ódio misturados, o que fica bem mais estranho). Mesmo assim cometi um erro... O filme não é bom, mas está longe de ser ruim. A técnica é a grande superioridade, e o diretor mostra que algumas coisas interessantes podem ser feitas com bastante dinheiro. A melhor seqüência é o a briga dos alunos com o bicho papão. Quando a aula está sendo dada, a câmera se move para dentro e para fora do espelho que está de frente para a classe, quebrando o eixo de maneira genial, pois não fica estranho, não incomoda, muito pelo contrário (todo mundo percebe essa quebra, e todo mundo gosta, bom, eu sou todo mundo aqui). Planos longos, sem corte, com a câmera mudando de locação várias vezes (do lado de fora, no jardim, e depois indo para dentro de um relógio e depois para dentro do quarto, passando por um vidro nesse caminho). Sem dúvidas, merece o meu reconhecimento de, no mínimo, bem feito (se bem que a raridade de quebras de eixo bem feitas merecem mais do que um simples elogio). O filme peca em todo o resto, mas e daí? É do Harry Potter que estamos falando mesmo...

quinta-feira, junho 10, 2004

Cazuza (com primeiro "A" de anarquia)

Mais um filme nacional. Cazuza, o eterno poeta, fala suas verdades como se fossem coisas normais. No começo fiquei um pouco incomodado com essa história, de soltar belas metáforas em plena delegacia, mas pode até ser factível... Ponto forte para a semelhança dos atores, mesmo que sejam um tanto quanto fracos (Frejat não está muito bem, principalmente quando pede umas pizzas quando vai preso, não combinando muito com ele nem com a cara dele na hora). O pior é o som, que ironicamente deveria ser o ponto forte. Não sei se o problema era no cinema, mas mesmo se não fosse as dublagens me irritavam profundamente (como Cazuza cantando ao colocar a mesa para seus amigos, em um restaurante vazio, o que fica muito estranho). O ator poderia cantar de verdade, regravando as músicas, e tudo ficaria mais interessante. Também a montagem paralela do rock in rio não ficou legal, mesmo que seja para dar um tom mais "documentário". Mas, apenas minha humilde opinião. Piadas que não funcionam muito bem também saltam da tela e acabam um pouco com o clima do filme. Por causa dele, não consegui ver "O Outro Lado da Rua", mas fica para a próxima.

segunda-feira, junho 07, 2004

Benjamim

Estranho. Estranho. O filme é bom, pois tem seus momentos fortes. O filme é ruim, pois tem seus momentos fracos. Em geral, vale a pena ser visto. Pelo menos uma vez, sendo necessário prestigiar o cinema nacional. A atuação da atriz principal foi elogiada, e realmente fiquei satisfeito. Algumas montagens são interessantes, como toda a história amorosa da personagem principal contada (lembrada) por ela quando a mesma pinga um colírio nos olhos. A câmera, saindo do ônibus quando Benjamim tenta filmar um comercial, monta um plano interessante, por não ter corte e ser um tanto quanto longo. Porém, diálogos do tipo: "Que floresta exuberante" (quando os personagens estão no carro, e sequer aparece floresta no meio do Rio de Janeiro) mostram a falta de consideração com a adaptação, que são muito mais literários (o que é um pecado no cinema) do que factível. O ponto mais fraco é quando a empregada (isso mesmo, uma empregada) dirige as palavras ao jovem Benjamim: "O Dr. quer fazer-lhe um derradeiro pedido". "Fazer-lhe"? "Derradeiro"? Não sei, mas acho que nem as pessoas mais cultas falam dessa forma, e se falam são fortes candidatos a "chatos de festa". Interessante fotografia, indicando as diferentes épocas que o filme conta. Semana que vem uma provável crítica a Do Outro Lado da Rua, não percam! (Rs)

terça-feira, junho 01, 2004

Era único, ao mesmo tempo duplo. Queria três, queria quatro, queria mais. Senti que o pau dele estava duro, e roçava nas minhas pernas. Eu podia sentir, e isso me dava prazer. Ao mesmo tempo eu sentia ela suspirando, e a sua língua dentro de minha boca. Queria arrancar suas roupas, e tocar minhas mãos naqueles seios. Não resisti, e apertei seu corpo contra o meu. Ele colocou a mão em meus seios, ela apertou minhas nádegas. Senti sua mão em minha calça, me deixando só de calcinha. Ela estava quente... Quente e úmida. Não tive tempo de olhar em seus olhos, queria sentir tudo dentro de mim. Fui colocando devagar. Ela suspirava, eu adorava. Ele mexia devagar, doeu um pouco no começo, mas depois fiquei mais excitada e abri bem minhas pernas. Queria ele todo para mim. Dentro de mim eu sentia meu coração bater forte enquanto eu penetrava. Gozei devagar, senti vindo e foi bom. Nunca havia gozado, era minha primeira vez. Suspirava forte, eu não queria acabar com seu prazer, nem com o meu. Não agüentei, senti que suspirava muito e gemia em meu ouvido, e isso me deixou com mais vontade... Acabei gozando, acho que foi junto, ou quase. Eu queria mais. Eu também.