segunda-feira, fevereiro 27, 2006

post pessoal número 9
Poucas coisas me deixam realmente puto. Uma delas, com certeza, são pessoas que falam demais. Sabe aquele tipo de pessoa que pensa com a boca? É mais ou menos assim: O diálogo vai rolando, rolando... E tudo bem, existe um tópico e uma questão colocada no ar. Então você pensa em alguma coisa, estrutura, formula, regula e se prepara para falar. Então você começa a falar e, antes de terminar o raciocínio, a outra pessoa já está fazendo comentários em cima dos seus sem o deixar finalizar com a idéia. Isso me deixa muito, mas muito bravo.
Às vezes (raramente) tenho uma coisa realmente legal para dizer. Por isso sou quieto, por isso meu blog só tem textos bizarros. Por isso não escrevo textos longos, por isso eu sou feio (bom, muita coisa é genética, mas acho que a minha aparência tem muito a ver com o meu estilo de pensar, que tem muito a ver com a quantidade de dinheiro que eu gasto para manter a minha aparência, que tem tudo a ver com beleza). Por isso é muito frustrante quando eu finalmente tenho algo inteligente para falar e não posso simplesmente porque a outra pessoa não deixa. Não tem problema... A raiva toma conta, mas apenas por alguns instantes. Logo depois vem o desprezo, que desde muito tempo tem sido um dos meus melhores amigos.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

sobre os dias...

chega a ser engraçado como as coisas mudam de repente. uma fofoca ali, uma outra aqui, até o ponto onde nada mais pode ser entendido e nenhuma história dita. os sentimentos mudam e a cabeça pensa com pernas largas demais. tudo fica misturando dentro de uma mente angustiada e limitada, que pesa tudo que vem do coração com a mesma importância daquilo que vem da razão. então tudo se transforma em uma maravilhosa sopa de falsas esperanças e sonhos.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

entre e venha, invada meu lar
sua carne doce já infestou tudo
mesmo antes de você chegar.
não negue a si mesma o desejo
de matar e ver o sangue escorrendo
de ser o porém da especulação
dizer com certeza que não.
incluir no seu calendário
o triste e lindo aniversário
do defunto chamado Eduardo.
diga que minto e será para sempre
desde aquele humilde presente
até as mais profundas declarações
aquele esperado ponto final
que insiste em não terminar nunca
mesmo que com profunda busca
acabe enfim naquela agonia.
apenas algo que chamamos de vida.
não finja que não sabe
não esconda o seu pedido divino
de que esse homem ainda menino
cresça de uma vez por todas
e termine por definitivo
com essa besteira que é amar.