segunda-feira, dezembro 19, 2005

último post kenyano de 2005

um dia eu volto...

quarta-feira, dezembro 14, 2005

contagem regressiva com um final ridículo

Hoje é quarta-feira. Próxima terça-feira a tarde eu saio do Kenya. Chego a noite na África do Sul, onde um hotel muito chulé me espera no aeroporto. Quarta de manhã eu saio de Johannesburg e chego a tarde (16:30) em São Paulo (Guarulhos). A noite, nesse mesmo dia, 22:30, piso novamente em Curitiba.

Mas de alguma forma não sinto que estou voltando para casa, mas sim apenas visitando minha família e meus amigos. Não sinto que o Kenya seja minha casa, muito pelo contrário, cada dia que passa a idéia de morar aqui fica mais absurda. Não quero voltar a morar no Brasil, pelo menos não agora. Descobri que ainda tenho muita coisa para conhecer no mundo. Da mesma forma que o mundo tem muito o que me conhecer.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Tremor no Kenya

Três dias atrás rolou um terremoto na fronteira do Congo com a Tanzânia, mais ou menos 1000 kms de Nairobi. Foi logo depois do almoço, e eu já estava no escritório. Olhando para o meu PC, concentrado, apenas senti o prédio ir de um lado para o outro, de uma maneira brutalmente suave (brutal pela capacidade de mover o prédio e suave por não ter acontecido nada, ter sido "leve"). Pensei em terremoto na hora, olhei para trás e ninguém estava dando a mínima. "Estou ficando louco", pensei. Voltei para o trabalho normalmente.Somente no outro dia eu fiquei sabendo que tinha rolado realmente um terremoto. Bati os horários e deduzi que eu havia sentido o tremor. No epicentro a escala foi de 6.8, o que é muito forte. Mas aqui não deu nenhum problema. O porém é que eu nunca imaginei que fosse sentir um terremoto na minha vida, nunca pensei que viveria para sentir alguma coisa desse tipo ou estaria em lugares onde desastres naturais estão tão próximos. Fiquei feliz pela experiência. Agora posso dizer que sou um sobrevivente de um terremoto...

terça-feira, dezembro 06, 2005

South Africa, Johannesburg

Por causa de um problema no visto, acabei passando dois dias da semana passada em Johannesburg, na África do Sul. A cidade é impressionante em todos os aspectos. Arrumada, lembrou muito Santiago (Chile). Ruas largas e bem sinalizadas, carros caros e vários brancos por todos os lados. Entrei no maior shopping que já pisei na minha vida (o que não é grandes coisa) e foi bem fácil se perder lá dentro. Tudo é muito caro, desde uma simples cerveja (350ml por mais de 10 reais) até aparelhos eletrônicos.Alugamos um carro e passamos dois dias explorando a cidade. Obviamente não fomos muito longe, como crianças aprendendo a andar. Visitamos o Zoológico da cidade (o maior da África, o que não impressiona depois que você viu mais da metade dos animais soltos nos parques de safari do Kenya) e um parque fedorento por causa do lago poluído. Engraçado era andar na beira desse lago e ver as placas: "Proibido nadar, proibido beber da água e proibido lavar a mão" por causa da poluição. Mas logo depois: "Permitido pescar" e do lado da placa um negão pescando. Non sense total!Depois desse passeio básico, começamos a procurar um lugar para beber uma cerveja. A gente não aceitava o fato da cerveja ser cara, então atribuímos isso ao nosso desconhecimento (bebendo cerveja em shopping) e procuramos um pub. Rumamos para o centro da cidade, onde no mapa parecia ser o lugar mais "apertado", com ruas estreitas e bem no meio do mapa. Chegando lá vimos uma ponte, uma ponte bonita, e no mapa estava escrito "Nelson Mandela Bridge". Tudo lá tem o nome desse cara... Mas tudo bem, achamos que seria legal atravessar e assim fizemos.A mudança foi do vinho para a água. Dois minutos do outro lado e todos no carro já falavam a mesma coisa: o apartheid não acabou. Está, de fato, longe de acabar. A gente estava na cidade branca, com seus shoppings enormes, carros caros e ruas limpas. Agora estávamos no lado negro, com muros pichados, ruas sujas e várias câmeras de segurança nos cruzamentos. Nenhum branco daquele lado. E eu abismado, achando que nunca veria isso na minha vida. Pequeno engano.Percebemos, mesmo antes, que os negros e os brancos podem frequentar os mesmos lugares, mas raramente vão juntos, em um mesmo grupo. Sempre tem uma mesa só com negros e outra só com brancos. E do lado branco somente negros servindo. Do lado negro somente negros. A diferença é clara e chega a ser triste. No fim entramos em um bar recomendado por um taxista, um bar chamado "Vasco da gama". Interessante, com mais negros que brancos. Fomos bem atentidos e bem tratados, mas a cerveja continuava cara. Rumamos para o hotel, onde jantamos e dormimos bem (depois de algumas cervejas e um vinho sul-africano, nada melhor).No outro dia pegamos o mapa e rumamos para o aeroporto. Tudo bem sinalizado, foi muito fácil chegar sem se perder. Voltamos para o Kenya com um pequeno turismo feito, onde os custos serão reembolsados pela empresa daqui (TODOS os custos). Agora apenas aguardando... Faltam 15 dias para eu chegar no Brasil.