terça-feira, dezembro 06, 2005

South Africa, Johannesburg

Por causa de um problema no visto, acabei passando dois dias da semana passada em Johannesburg, na África do Sul. A cidade é impressionante em todos os aspectos. Arrumada, lembrou muito Santiago (Chile). Ruas largas e bem sinalizadas, carros caros e vários brancos por todos os lados. Entrei no maior shopping que já pisei na minha vida (o que não é grandes coisa) e foi bem fácil se perder lá dentro. Tudo é muito caro, desde uma simples cerveja (350ml por mais de 10 reais) até aparelhos eletrônicos.Alugamos um carro e passamos dois dias explorando a cidade. Obviamente não fomos muito longe, como crianças aprendendo a andar. Visitamos o Zoológico da cidade (o maior da África, o que não impressiona depois que você viu mais da metade dos animais soltos nos parques de safari do Kenya) e um parque fedorento por causa do lago poluído. Engraçado era andar na beira desse lago e ver as placas: "Proibido nadar, proibido beber da água e proibido lavar a mão" por causa da poluição. Mas logo depois: "Permitido pescar" e do lado da placa um negão pescando. Non sense total!Depois desse passeio básico, começamos a procurar um lugar para beber uma cerveja. A gente não aceitava o fato da cerveja ser cara, então atribuímos isso ao nosso desconhecimento (bebendo cerveja em shopping) e procuramos um pub. Rumamos para o centro da cidade, onde no mapa parecia ser o lugar mais "apertado", com ruas estreitas e bem no meio do mapa. Chegando lá vimos uma ponte, uma ponte bonita, e no mapa estava escrito "Nelson Mandela Bridge". Tudo lá tem o nome desse cara... Mas tudo bem, achamos que seria legal atravessar e assim fizemos.A mudança foi do vinho para a água. Dois minutos do outro lado e todos no carro já falavam a mesma coisa: o apartheid não acabou. Está, de fato, longe de acabar. A gente estava na cidade branca, com seus shoppings enormes, carros caros e ruas limpas. Agora estávamos no lado negro, com muros pichados, ruas sujas e várias câmeras de segurança nos cruzamentos. Nenhum branco daquele lado. E eu abismado, achando que nunca veria isso na minha vida. Pequeno engano.Percebemos, mesmo antes, que os negros e os brancos podem frequentar os mesmos lugares, mas raramente vão juntos, em um mesmo grupo. Sempre tem uma mesa só com negros e outra só com brancos. E do lado branco somente negros servindo. Do lado negro somente negros. A diferença é clara e chega a ser triste. No fim entramos em um bar recomendado por um taxista, um bar chamado "Vasco da gama". Interessante, com mais negros que brancos. Fomos bem atentidos e bem tratados, mas a cerveja continuava cara. Rumamos para o hotel, onde jantamos e dormimos bem (depois de algumas cervejas e um vinho sul-africano, nada melhor).No outro dia pegamos o mapa e rumamos para o aeroporto. Tudo bem sinalizado, foi muito fácil chegar sem se perder. Voltamos para o Kenya com um pequeno turismo feito, onde os custos serão reembolsados pela empresa daqui (TODOS os custos). Agora apenas aguardando... Faltam 15 dias para eu chegar no Brasil.

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