segunda-feira, junho 07, 2004

Benjamim

Estranho. Estranho. O filme é bom, pois tem seus momentos fortes. O filme é ruim, pois tem seus momentos fracos. Em geral, vale a pena ser visto. Pelo menos uma vez, sendo necessário prestigiar o cinema nacional. A atuação da atriz principal foi elogiada, e realmente fiquei satisfeito. Algumas montagens são interessantes, como toda a história amorosa da personagem principal contada (lembrada) por ela quando a mesma pinga um colírio nos olhos. A câmera, saindo do ônibus quando Benjamim tenta filmar um comercial, monta um plano interessante, por não ter corte e ser um tanto quanto longo. Porém, diálogos do tipo: "Que floresta exuberante" (quando os personagens estão no carro, e sequer aparece floresta no meio do Rio de Janeiro) mostram a falta de consideração com a adaptação, que são muito mais literários (o que é um pecado no cinema) do que factível. O ponto mais fraco é quando a empregada (isso mesmo, uma empregada) dirige as palavras ao jovem Benjamim: "O Dr. quer fazer-lhe um derradeiro pedido". "Fazer-lhe"? "Derradeiro"? Não sei, mas acho que nem as pessoas mais cultas falam dessa forma, e se falam são fortes candidatos a "chatos de festa". Interessante fotografia, indicando as diferentes épocas que o filme conta. Semana que vem uma provável crítica a Do Outro Lado da Rua, não percam! (Rs)

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial