quinta-feira, junho 30, 2005

se eu fosse deus...

Seria legal. Primeiro eu criaria o mundo sem pecados. Depois, por pena, eu colocaria o pecado no mundo, como eu coloco um pedaço de carne na frente de um cachorro. E falaria alegremente: não pegar! Eu seria um deus nada bondoso. Obrigaria cultos de sacrifício físicos e morais, e seria inadmissível usar calças verdes nas terças. Também seria proibido comer macarrão nos dias ímpares e boné cor-de-rosa seria sinônimo de apedrejamento. Os humanos, para provar sua devoção, deveriam cortar seus cabelos a cada trinta dias e fazer uma fogueira com eles dentro da igreja, que seria toda com cores berrantes e com músicas altas (mas seria proibido dançar ou mexer o corpo no ritmo da música). Não que eu goste de cheiro de cabelo queimado, lugares com cores berrantes e determinados tipos de música alta, muito pelo contrário, eu ia gostar mesmo é de ver esse sacrifício em prática (de longe, é claro). Deus também tem seu ego. Moralmente seria permitido o sexo oral, mas não poderiam usar a língua. O sexo não seria tabu, mas só poderia ser praticado se levado em conta ritos de iniciação anteriores ao ato, como cantar uma música religiosa de ponta cabeça. Tudo que andasse fora dessas regras, e de outras, seria visto como o puro pecado e a condenação ao sofrimento eterno. E qual a diferença?

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