quarta-feira, novembro 01, 2006

perdeu a graça

Domingo a noite minha internet simplesmente caiu e não voltou mais. Tudo bem, faz parte da vida... No dia seguinte nada de conectar, então descobri que o problema era na linha telefônica: completamente muda. Desci as escadas do prédio e perguntei para um dos porteiros se tinha um problema com o telefone. Ele falou que sim, um caminhão tinha entrado no meu prédio no domingo e levado duas linhas telefônicas para o beleléu. Uma era a minha.

Então a saga começa. Liguei para a operadora de telefonia (pelo celular) para avisar sobre o ocorrido. Mas o rapaz que me atendeu era tão tosco que eu não entendi nada do que ele falava. Mas existe uma central telefônica perto de casa, apenas na quadra seguinte. Então resolvi ir lá.

Chegando na central eu reclamei do meu problema (depois de esperar mais de 30 min para ser atendido). O rapaz com quem conversei me garantiu que “hoje ou amanhã de manhã estará solucionado”. Pois bem, esperei até “amanhã”.

No outro dia, na hora do almoço, nada de arrumarem o telefone. Liguei novamente reclamando. O mesmo rapaz que me atendeu no dia anterior me falou que “o trabalho já está em andamento”. Fiquei puto, pois minha linha estava arrebentada na frente do meu prédio e ninguém tinha aparecido ainda para arrumar. Então eu argumentei que até aquele momento ninguém tinha vindo para trabalhar... Mas ele me disse que não era assim que funcionava. Pois bem, calei minha boca e resolvi esperar um pouco mais.

À noite eu cheguei em casa e nada de telefone. Fiquei puto novamente e liguei (de novo) para a empresa de telefonia. Um rapaz atendeu e perguntou qual era o número do protocolo de reclamação... Obviamente eu perguntei o que era isso. E ele respondeu que toda reclamação tem um protocolo para acompanhamento (faz sentido) e ele tinha que saber o meu para saber a situação da minha reclamação. O pior foi a declaração de que “se você não tem um, favor ligue para o número 997 e faça um”. Praticamente gritei no telefone: “Por quê CARALHO (fuck) ninguém me avisou que eu tinha que fazer isso?”. Ele ficou mudo.

O seguinte passo, obviamente, foi ligar para o número 997. Liguei. Uma atendente pediu o número do meu telefone e eu dei. Ela falou que já tinha uma “ordem de serviço” aberta, e que já estavam arrumando. Reclamei que fazia 2 dias que estavam arrumando, mas ela não podia fazer nada. Ela me garantiu que na manhã seguinte (de novo) ela mandaria uma mensagem para os técnicos sobre minha reclamação.

No dia seguinte, na hora do almoço, testei o telefone e, para minha surpresa, estava funcionando! Realmente, só demoraram 2 dias e meio para arrumar, o que, para os padrões daqui, é uma coisa impressionante (para o bom lado). Fiquei feliz e trabalhei a tarde toda contente por poder chegar em casa e acessar a internet como sempre...

Mas a vida não é tão simples assim, ainda mais em um país como o Quênia. Cheguei em casa e não acreditei no que notei: sem energia elétrica. O telefone funcionava, mas eu precisava de energia para ligar o modem e usar a Internet. Enfim, gritei em alto volume palavras como: merda, caralho, filho da puta, burros, imbecis, etc.

Sem energia e atacado, o que poderia fazer? Peguei o telefone de reclamações da empresa de energia e disquei. Uma atendente falou comigo. Reclamei que estava sem energia em Westlands. Ela falou que já havia técnicos trabalhando nessa linha. Eu falei que queria registrar minha reclamação. Ela falou que não podia registrar esse tipo de reclamação, pois ela já havia me dito o motivo da falha. Eu falei que mesmo assim eu queria registrar a minha reclamação, pois eu ligava várias vezes para reclamar sobre essas falhas, que são constantes, e era para constar no sistema todas as minhas reclamações. Ela falou que não podia fazer isso. Eu perguntei o porquê. Ela falou que não podia me falar o porquê. Eu perguntei o porquê dela não poder falar o porquê. Ela ficou muda. Esperei mais um tempo, e ela continuou muda. Esperei mais, e ela continuou muda. Enfim, falei “alô” como testando se a ligação estivesse caído, e ela respondeu. Então eu perguntei o porquê havia uma linha de reclamações se eles não podem registrar minha reclamação e nem mesmo me falar quando a energia ia voltar (ela falou que não podia prever a volta). Falei que ter esse número e não ter era a mesma coisa... Ela ficou quieta. Claro, não há o que falar sobre isso. Então eu agradeci falando: “Obrigado por nada” e desliguei o telefone.

Enfim, são os momentos de ouro que nos fazem pensar: “O quê estou fazendo aqui?”

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

É.. O que está!??
Mas mesmo assim, eu tenho paciência!
Talvez se vc acendesse uma vela, resolveria o problema da iluminação e os santos te ajudariam!ahuahuahua
E eu continuo aqui.

11:25 AM, novembro 02, 2006  
Anonymous Anônimo disse...

Hakuna Matata!

5:47 PM, novembro 05, 2006  
Anonymous Anônimo disse...

quando tudo parecer perdido, respire fundo e diga bem alto: fodeu!

a facul tá uma coisa sisífica...
meu coração tá uma coisa ridícula...
meu bolso tá uma coisa furadíssima...

mas eu tenho santa cerva e skol e vc não tem! haaaaaaaaa......

2:05 PM, novembro 09, 2006  

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