terça-feira, setembro 19, 2006

Art Brut

No meio de tantas coisas emergentes, com uma cena “emo” cada vez mais forte, Art Brut é uma pérola rara. Os caras conseguem unir a ironia infantil que sempre surge em papos entre amigos com um olhar crítico para cena musical e artística. O fato de ter uma música dedicada à arte moderna (Modern Art) no mesmo disco em que ele conta a hilária história de uma brochada (Rusted Guns of Milan) já nos faz sentir na mesma roda, pertencentes ao mesmo mundo. Como em Bang Bang Rock n’Roll: “no more songs about sex, drugs and rock and roll / it’s boring!” (não mais músicas sobre sexo, drogas e rock and roll / é chato!).

Tudo começa com uma declaração divertida que uma banda foi formada (Formed a Band). Nela, além de pedir para olharem para eles, os caras declaram que querem fazer uma música que vai unir Israel e a Palestina, além de uma música tão universal quanto o “feliz aniversário” que vai fazer com que tudo fique bem. Depois tem declarações que como o irmão menor do vocalista começou a gostar de rock n’roll (My little Brother), seguido de trechos interessantes sobre uma tal de Emily Kane, que faz 10 anos, 9 meses, 3 semanas, 4 dias, 6 horas, 30 minutos e 5 segundos que o cantor não vê.

Em geral Bang Bang Rock n’Roll é um impressionante disco, onde não apenas reina um bom humor inteligente, mas também melodias cruas, onde pode-se notar as influências punk e indie. Mas não adianta tentar rotular, pois nem mesmo eles sabem em que gênero pertencem, como declaram em Bad Weekend. Mas, na mesma música, eles dão uma pista: “popular culture no longer applies to me” (cultura popular não mais se aplica a mim). Sim, apenas honestidade.

1 Comentários:

Blogger André disse...

Fala, Naka!

E eu fui no show. hehe.

11:05 AM, outubro 20, 2006  

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