quinta-feira, julho 27, 2006

diário de uma doce garota

Hoje foi um dia de merda, como todos os outros. Entrei no cursinho com a cabeça baixa. Todos me olhavam. Acho que meus piercings e tatuagens, além do meu cabelo azul, chamam um pouco a atenção daqueles imbecis de merda. Enquanto eu passava pelo corredor um idiota comentou alto para o amigo: “o circo deve estar na cidade...”. Não tive dúvidas: dei uma cotovelada bem no meio do nariz daquele palhaço, que caiu feito uma donzela chorando e sangrando. Eu ria, mas o professor de merda me encaminhou direito para o diretor.

O diretor é um filho da puta que só pensa em comer as meninas bonitinhas do cursinho. Ele mesmo já tentou dar em cima de mim, dizendo que gosta do meu jeito “único”. Eu queria cortar o pau dele fora... Um dia eu ainda vou fazer isso! Só preciso ter coragem para pegar naquela coisa provavelmente caída e murcha. Enfim, ele sempre diz as mesmas coisas quando apareço por lá por agredir outro “colega”. Como se existissem “colegas” em algum lugar... E eu sempre saio de lá mandando ele tomar no cú para todo mundo ouvir.

Depois das aulas de merda, com professores de bosta, eu saí correndo para chegar no trampo. Lá eu me sinto em casa... Hoje apareceu uma dondoquinha imbecil querendo fazer uma tatuagem no tornozelo com a imagem de um ursinho carinhoso. Quase vomitei, mas eu tive que tratá-la bem. Falei com o Jota e ele fez questão de machucar bem essa dondoquinha metida a besta. Pelo menos isso! Adoro ver essas imbecis chorando! E o Jota é gente boa, pena que já tem namorada...

Então cheguei em casa e meu pai reclamou de novo do meu som. Mandei ele enfiar o som o meio da bunda para abafar o barulho! Saco! Ele não larga do meu pé e sempre foi um louco chato. Acho que é por isso que minha mãe se matou...

Mas amanhã será mais um dia de merda, como esse. Só espero que as coisas mudem logo, pois eu não aguento mais.

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