segunda-feira, julho 10, 2006

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- Eu não sei doutor. Desenvolvi esse gosto mais ou menos a uns cinco anos atrás. Quando eu ainda morava no interior, tinha minha vida tranquila, com meus filhos já encaminhados no colégio e alguns até trabalhando. Minha mulher já havia falecido, mas superei bem. Vim para a cidade quando a situação ficou difícil, e foi assim que comecei a gostar. Essa coisa, pegajosa... Nunca se sabe. Bem que me avisaram, o senhor há de saber. O senhor deve lidar com casos parecidos. Bem, acontece que experimentei uma vez. Uma mulher cheirosa me ofereceu. Sabe, para mulheres cheirosas a gente não diz não, ainda mais na minha idade. Mas depois foi um rapaz, chegou perguntando as horas... Depois lasquei uns tapas nele... Não, espere! Foi na mulher! Covarde, não? Mas ela merecia... Não por me viciar nessa coisa, mas pelo olhar songo! Mas não é droga não, viu? É apenas um gosto vicioso, algo meio dependente... Mas que pode-se ficar sem tranquilo. Ontem mesmo só experimentei três vezes. Pouco, né? Eu fico afastado dessas coisas, de se colocar no corpo. Sintéticos e tóxicos... Não, não é bom! Não bebo, não fumo e não gosto de nada desse tipo. Desde que Carminha partiu eu não vou mais na igreja, mas não esqueço do que fui ensinado. Nada dessas coisas que não faz bem para o corpo. Mas o senhor deve saber, não há como resistir a uma coisa dessas! Quem sabe, mais tarde eu mostre... Se o senhor quiser! Não precisa fazer nada não, é bem simples... Pode ser em pé, sentado... Ninguém sequer encosta no senhor. Pode-se fechar os olhos também, pensar em outras coisas... Carminha... Cada vez eu faço de uma maneira diferente e cada vez gosto mais. É, mas não é por isso não que vim aqui falar com o senhor não. Agora sim, vou te contar meus problemas...

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