quinta-feira, maio 12, 2005

Série "Amigos no Cinema"

O Fabuloso Destino de Valdinéli Martins

Valdinéli Martins, mais conhecido como Martins, estava em sua casa, como sempre. Ele resolveu então sair naquela noite, com seus queridos amigos, para mais uma noite de farra cheia de vinho no Largo da Ordem. “Não pode faltar perfume”, pensou. Então imediatamente se dirigiu para o banheiro onde foi passar seu perfume, pois a noite prometia. Por obras de suas mãos desastradas, que seus amigos conheciam muito bem, como quando ele derramou cerveja na casa de um deles, ou como sujou esse mesmo amigo de coca-cola quando estavam comendo pizza, o perfume caiu de sua mão e a tampa voou até o ralo. Martins, sem pestanejar, foi até o ralo e o abriu para retirar a tampa de lá de dentro. Porém o que ele achou dentro do ralo foi uma incrível caixa de fósforos, com várias lembranças de uma pessoa desconhecida.
No dia seguinte Martins passou a procurar o dono daquela desconhecida caixa. Revirou toda sua casa em busca de mais pistas, até que resolveu perguntar para uma vizinha idosa quem poderia ser. Ela deu o nome, um tal de Prussiano (sobrenome). Então Martins saiu em busca dele para devolver a caixa.
Depois de várias pesquisas Martins achou o dono da caixa e foi pessoalmente devolvê-la. Prussiano ficou extremamente emocionado e agradeceu Martins prontamente. Mas Martins não queria agradecimentos emocionados, mas sim dinheiro no bolso, e pediu uma recompensa financeira. Prussiano, ainda emocionado, não questionou o pedido de Martins e lhe deu uma considerável soma de notas de cem reais. Martins ficou alegre, contente e feliz.
Então Martins começou a perceber a vida das pessoas com as quais ele se relacionava, seus amigos e seus parentes. Começou a se meter na vida de todo mundo. Com alguns colegas de trabalho, Martins arranjou um romance, no qual culminou em uma briga extrema. Porém, no ápice do relacionamento, Martins aproveitou o êxtase emocional para pedir de volta o dinheiro que havia emprestado, mas que devolveram com juros corrigidos que deixariam qualquer banqueiro com inveja. Também fez com que seu pai acreditasse que um determinado duende de jardim havia viajado pelo mundo, e assim fez com que o velho saísse correndo de casa desesperado achando que objetos tinham ganhado vida. O pai de Martins acabou no hospício, poupando para ele o alto custo de sustentá-lo. Na venda perto da sua casa, fez com que um garoto menos dotado intelectualmente assumisse as responsabilidades do comércio, diante do seu chefe malvado e estúpido, de modo que agora era muito mais fácil para Martins ludibriar o comerciante obtendo frutas e verduras a preços mais baixos.
O que Martins não contava era com a aproximação de uma bela garota, que era “garçonete” de zona. Martins a conheceu por acaso, quando estavam no ponto de ônibus esperando o biarticulado. A moça, nessa ocasião, deixou cair um estranho objeto, um álbum com várias fotos. Martins imediatamente achou fantástica sua sorte, e pediu resgate pelo objeto com grande valor “sentimental” (as fotos tinham muito sentimento). A moça não acreditou no começo, mas Martins até mesmo enviou algumas fotos, por e-mail, para ela perceber que estava falando sério. A moça trabalhava em dobro para recuperar as fotos, que eram pornográficas caso você ainda não tenha entendido, e o que poderia comprometer sua futura vida de “modelo e atriz”. Ela foi pagando pelas fotos, até que no final Martins não queria mais dinheiro, mas sim favores sexuais. Dessa forma, sempre ameaçando enviar para os pais da moça uma cópia das fotos, Martins conseguiu sexo profissional grátis.
Feliz da vida, Martins pegou uma moto, recém adquirida graças a sua nova fase financeira, e saiu pela cidade cantarolando e pilotando, sempre sorrindo, alegre, feliz e contente.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial