sábado, março 05, 2005

Poesia Desnecessária

a partir do quase zero cheio de ócio sulfúricono
meio do caos virtual uma realidade prostrada
imóvel e intocável preso pela consciência da verdade
os corpos pesados fecham a felicidade mas preenchem a vida
e tudo não passa de vagas esperanças planejadas com vontade

veio então o dia de querer dar um passo necessário
e veio também o momento de abrir o espírito e o corpo
como carne crua caindo no óleo fervendo
todo o tempo virou uma fumaça densa, deixando pouco ar puro
em microsegundos um big bang cria milhões de mundos
e destrói o nada de antes, não existe mais o vazio absoluto

os corpos já não são tão pesados, não é preciso carregá-los
apenas suas lembranças chocantes e invejáveis estão vivas
movendo-se lentamente no fundo do foço escuro
alimentando a luz que antes brilhava mais forte
quase como o último animal da espécie
depois de tentar caçar a presa
sem sucesso, puxa o ar
que não entra mais
em seus pulmões

praticamente apagado
desmotivado e sem razões
pequenas ondas providas de invejáveis corpos reanimam
e dentro de tudo as víseras já se movem diferentes
e o momento certo de um segundo impacto chega de repente
sentindo a quente manhã de primavera depois do pesadelo noturno
entrar pelas janelas, invadir o quarto e conquistar todos os poros do corpo
colocando um pé no chão, depois outro, e reafirmando com um grito nos olhos
"tudo é diferente. mas vocês não perdem por esperar"

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Oie Edu!!!!
Ficou bem fofo seu blog hahahaha
Vi que voltou "renovado" del Chile.
Um beijao

5:51 PM, março 06, 2005  

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