Capítulo 01
Eu tinha medo. Muito medo. Estava correndo desesperado pelas ruas escuras daquela cidade imunda. Atrás de mim dezenas de caras com pedaços de móveis, árvores e tijolos nas mãos. Era a morte certa. Eu não conseguia pensar corretamente, mesmo tentando elaborar planos dignos de filmes de super-herói. Olhei para os prédios a minha volta, mas não conseguia bolar uma saída. E eu podia ouvir o barulho da pequena multidão com sede de sangue.
Virei algumas esquinas e meu corpo começou a falhar. As pernas já não obedeciam tanto assim, mas o medo ainda era grande e me impulsionava sempre para frente. Assustado como uma caça, procurei algum buraco escuro para me enfiar. O objetivo era simplesmente escapar vivo, mas aquelas pessoas pareciam determinadas a me pegar.
De repente um carro cinza atravessou uma rua escura e parou na minha frente. A porta do passageiro se abriu e vi um rapaz sentado no banco do motorista olhando fixo para meus olhos. Ele apenas fez um sinal para eu entrar no carro. Não pensei duas vezes. Ele arrancou assim que bati a porta e deixamos a pequena multidão para trás. Então o rapaz disse:
- Certamente não podemos prosseguir nesse veículo. Esse meio de transporte não é mais seguro.
Não podia concordar e nem discordar, ainda estava ofegante. Mas aquilo pareceu fazer sentido, pois as pessoas que queriam me matar tinham certamente visto o carro, o modelo, a placa e a pessoa que estava guiando. Ele estava junto comigo, mas eu não o conhecia. O rosto dele era totalmente estranho, e não havia motivos aparentes para ele me ajudar. De qualquer forma, ali estava eu. E ele continuou:
- Fique calmo. A vida, como você sabe, raramente nos dá aquilo que queremos. É por isso que temos a capacidade de buscar as coisas. Para, por conta própria, estragarmos tudo.
Eu tinha medo. Muito medo. Estava correndo desesperado pelas ruas escuras daquela cidade imunda. Atrás de mim dezenas de caras com pedaços de móveis, árvores e tijolos nas mãos. Era a morte certa. Eu não conseguia pensar corretamente, mesmo tentando elaborar planos dignos de filmes de super-herói. Olhei para os prédios a minha volta, mas não conseguia bolar uma saída. E eu podia ouvir o barulho da pequena multidão com sede de sangue.
Virei algumas esquinas e meu corpo começou a falhar. As pernas já não obedeciam tanto assim, mas o medo ainda era grande e me impulsionava sempre para frente. Assustado como uma caça, procurei algum buraco escuro para me enfiar. O objetivo era simplesmente escapar vivo, mas aquelas pessoas pareciam determinadas a me pegar.
De repente um carro cinza atravessou uma rua escura e parou na minha frente. A porta do passageiro se abriu e vi um rapaz sentado no banco do motorista olhando fixo para meus olhos. Ele apenas fez um sinal para eu entrar no carro. Não pensei duas vezes. Ele arrancou assim que bati a porta e deixamos a pequena multidão para trás. Então o rapaz disse:
- Certamente não podemos prosseguir nesse veículo. Esse meio de transporte não é mais seguro.
Não podia concordar e nem discordar, ainda estava ofegante. Mas aquilo pareceu fazer sentido, pois as pessoas que queriam me matar tinham certamente visto o carro, o modelo, a placa e a pessoa que estava guiando. Ele estava junto comigo, mas eu não o conhecia. O rosto dele era totalmente estranho, e não havia motivos aparentes para ele me ajudar. De qualquer forma, ali estava eu. E ele continuou:
- Fique calmo. A vida, como você sabe, raramente nos dá aquilo que queremos. É por isso que temos a capacidade de buscar as coisas. Para, por conta própria, estragarmos tudo.
Sua lógica, pelo menos naquele momento, parecia inegável.
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