domingo, agosto 08, 2004

jogadas ao chão pela própria mãe
as folhas amarelas e vermelhas
passam pelos pés lentos e sujos
e de que adianta pensar nelas agora?
novas irão tomar os seus lugares
que cairão também e nunca se levantarão
deixando as mesmas saudades
com marcas da mesma sola...
mas agora elas correm livres
para o lado contrário do meu
formando em sua dança cotidiana
um arco-sorriso meio colorido
como se o adeus não fosse para sempre
e seus murmúrios estalados contra o asfalto
fossem risos contidos pelo medo de ofender
sem que nunca fossem uma única coisa
deixam meu mundo com seu balé triste e doce
como minhas más e boas lembranças
jogadas ao léu em ruas sem passantes

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