terça-feira, agosto 10, 2004

Capítulo 02
Ao mesmo tempo um veículo não identificado sobrevoava aquela pequena cidade. Seus moradores não sabiam o que fazer. Assustados, ligaram para a polícia. Esta, por sua vez, não acreditou nos pedidos de socorro nada usuais. Declarações irônicas eram feitas na delegacia. Mas todos os moradores que viram tal objeto não desistiram. De armas em punho, saíram de suas casas e foram a campo aberto. Não iriam deixar suas terras sem derramar nenhum sangue por elas.
Todos tremiam de medo. O objeto não identificado era enorme. Sobrevoava toda a pequena cidade, várias vezes. A população se concentrava na praça, por onde o objeto passou a demorar mais tempo sobrevoando. Os policiais foram recebidos a pedradas, e nesse momento o objeto se aproximou mais ainda. Jornais e televisão já se chegavam aos montes, de todos os cantos, com o objetivo de tirar as melhores fotos e gravar os melhores vôos. Todos estavam prontos.
Ela continuava em pé na minha frente. E eu não sabia o que fazer. Tentei falar, mas as palavras não saíam. Tentei correr, mas minhas pernas não me respondiam. Nenhum movimento era possivel, como se o olhar dela me paralisasse. E ela finalmente fez um movimento, olhando para os lados, como se estivesse perdida. Senti que podia controlar meu corpo novamente. Assim que mexi os músculos de meu braço ela se assustou e caiu ao lado da cama. Na intenção de ajudar eu me aproximei, mas ela levantou o braço com a palma da mão estentida para mim, dizendo silenciosamente para eu ficar onde estava. Olhei para os lados, não havia mais ninguém lá. Olhei para a porta atrás de mim, que ainda permanecia fechada. O que será que estava acontecendo? Quem seria ela? Nunca havia visto na minha vida... Não era feia, não era bonita. Apenas uma mulher sentada... E, ao me virar, ela não estava mais lá. A janela sem cortinas não me denunciava nada. Eu não havia ouvido nenhum barulho.
O objeto não identificado se aproximou do solo. As pessoas que estavam a sua volta tremiam de medo e ansiedade. Eu permanecia atordoado, procurando embaixo da cama pela garota que acabou de sumir. A porta fez um barulho, alguém estava entrando naquele quarto. As janelas não tinham cortina. Todos estavam prontos.

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