segunda-feira, agosto 09, 2004

Capítulo 01
Acordei com uma vontade muito grande de aprender uma coisa nova. Quem sabe provar algum prato diferente? A sensação estava lá... Pisquei pela segunda vez e suspirei fundo. Não estava no meu quarto, estava em um lugar estranho. O sol forte batia na janela sem cortinas, já devia ser muito tarde. Olhei em volta, não reconhecia nada. Tentei lembrar o que havia feito no dia anterior. Tudo foi muito normal: Havia acordado na mesma hora de sempre, ido trabalhar, voltei para casa e dei um beijo na minha namorada e fomos para a cama. Fizemos amor como sempre, e deitei aliviado depois que meu corpo já estava satisfeito... E assim adormeci. E agora isso...
Fiquei desesperado. Levantei rapidamente procurando por alguma arma, pois para mim estava claro que eu havia sido seqüestrado. Iria me vingar! E a Cris? O quê haviam feito com ela? Eu ia me vingar... Mas depois olhei mais atentamente para o quarto onde me encontrava. Aquilo não parecia em nada com um cativeiro. A cama estava quente, era grande, de casal. Será que eu tinha feito besteira ontem e não lembrava? O armário estava fechado, mas era bonito e combinava com um sofá que estava na parede oposta à cama. Olhei para a minha roupa, e eu estava com o mesmo pijama que me lembrava de ter tirado quando estava excitado pelos toques sensuais da Cris. Não me lembrava de tê-los colocado... Repeti meu nome em minha cabeça, meu endereço, meu RG, o nome de minha mãe, de meu pai, de meus irmãos... Tudo estava lá, cada momento de minha vida estava claro na minha cabeça. Procurei por um relógio, e constatei em um ao lado da cama que já passava das 13hs. Perdi, pela primeira vez, um dia de trabalho... Será? Será mesmo? Comecei a ficar confuso e a andar de um lado para o outro.
O cheiro do lugar não era estranho. Me aproximei da porta e ela não estava trancada. Tentei olhar pela fechadura, mas alguma coisa estava bloqueando. E agora? Qual tática usar? Abrir de uma vez para causar surpresa e espanto e seja o que deus quiser? Ou abrir devagar na esperança de não ser percebido e poder voltar de onde vim para, quem sabe, elaborar uma outra estratégia de abordagem caso me deparasse com um estranho? Fiquei na dúvida, e não sabia qual dessas duas táticas eu costumava usar em situações como essa. Mas eu nunca estive em uma situação como essa antes... A porta continuava lá, fechada e aberta.
Girei a maçaneta devagar. Um corredor foi se revelando, aparentemente vazio. Estava meio escuro, mas logo notei uma janela que estava fechada. Fechei a porta novamente e me virei para fechá-la com os ombros... Levei um susto, pois havia uma mulher em pé ao lado da cama me olhando atentamente.

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