sexta-feira, agosto 27, 2004

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O tempo sempre passa. De vez em quando dá algumas voltas, e alguns números se alteram e ficamos sem saber o que fazer. Quando damos conta já entramos na era dos dois dígitos, e quando menos percebemos já estamos no fim de nossa juventude e entrando na idade adulta, mas não menos chatos por isso. Muito pelo contrário. O ser humano tem o direito de escolher a sua própria insanidade. Andar nu pelas ruas ou ir trabalhar engravatado, qual a diferença? Rir de piadas bobas ou ficar sério o tempo todo, quem se importa? Todos somos loucos, todos queremos ser loucos. Ausência das roupas, mas principalmente das idéias, dos preconceitos, da criatividade, do senso estético, do humor, do mau humor, etc. Presença pura de roupas, de idéias, de preconceitos, de criatividade, de senso estético, de humor, de mau humor, etc. Eu pontuo a necessidade de ficar velho para perceber que o nosso próprio relativismo é fruto de uma questão absoluta. A incoerência de nossa postura é o que nos faz cair em nós mesmos. Não há respostas fáceis, não há dúvidas inteligentes. No entanto os dígitos continuam se alterando, e os dias ficando mais difíceis e longos... Como esse, igual a todos os outros.

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