quinta-feira, março 04, 2004

A retransmissão chega através do "bollean"

Estou cansado de ouvir falar que "tudo é relativo". As idéias pipocam na nossa frente, e tudo o que podemos concluir, de acordo com os relativistas, é que tudo está certo, e tudo está errado. Então você fala: "não concordo". E falam para você, na sua cara: "Você está julgando, você tem julgamento de valor, você está colocando a sua opinião baseado em um determinado preconceito". E eu digo: "é isso mesmo, agradeço a manifestação da sua pseudo-inteligência". É como um disco riscado. Não há maiores problemas de seguir uma determinada regra moral, muito menos ter seus preconceitos.
Aquele que parte do princípio relativista não deixa de ser engraçado. Ele já parte de um princípio, o relativismo, e de acordo com esse princípio não devemos ter princípios, pois todos eles estão tanto certos quanto errados. A própria determinação dessa idéia já se consome nas chamas de sua própria estupidez. Também dirão os aspirantes a cultos, que não passam de aspirantes, que uma pessoa que assume determinados preconceitos está sendo "cabeça fechada". Ora, assumir alguns preconceitos não implica necessariamente em defendê-los o resto da vida. Assumo os meus, até que outro melhor seja exposto para mim, ou até mesmo pensado por mim.
Então, estou cansado de ter que absorver todas as idéias que chegam a mim, e tentar não ter julgamentos nenhum para não cair na hipocrisia. Mas, diferente dos relativistas, eu assumo a minha hipocrisia, e sem medo eu continuo com minhas idéias, pois eu sei que a verdade (aquela absoluta) não é algo imutável, mas talvez uma constante atualização de nós mesmos (sendo relativista, você paira no espaço vazio, causado pelo medo de errar). Se ser hipócrita é ruim, então errar e mudar de idéia (aprender) também é.

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