domingo, março 21, 2004

A imagem mais obscura: eu

Quando abro os olhos é sempre a mesma coisa. Até mesmo meus pensamentos, as minhas incertezas sempre estão lá, cutucando o profundo do meu ser. Quando eu fecho os olhos é sempre a mesma coisa, é aquele velho morcego dos anjos, que vem morder meu pescoço toda noite. Maldito. E sempre que quero alguma coisa nova as velhas estão por perto para me atormentar. O passado não passa de um maldito encosto. As lembranças quase sempre são más, para que sozinhos possamos nos arrepender de tudo o que fizemos ou não. E assim começa e termina cada dia, sempre como se fosse o último.

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