sexta-feira, fevereiro 27, 2004

É assim que as coisas (não) acontecem

Ele estava lá sentado do lado dela. Sem dizer nenhuma palavra, ele a puxou em seus braços e deu um beijo nos seus lábios. Ela não ofereceu nenhuma resistência, como sempre fazia. Ele a beijou lentamente, do jeito que gostava, e ela também retribuiu o beijo. Depois ele olhou nos olhos dela, e disse coisas que nunca havia dito antes. E ela apenas balançou a cabeça, concordando com tudo aquilo.
No outro dia tudo mudou. Depois de conversarem, descobriram que os sentimentos que um sentia pelo outro não eram os mesmos, e nem mesmo próximos. Eles, os dois e os sentimentos, não estavam juntos. A duração de tudo aquilo estava sustentada no frágil pilar da incerteza, da dúvida. Nada havia a declarar.
Sozinho em seu canto, ele pensou a respeito do desenvolvimento de todos o seus sentimentos, que agora eram muito grande por ela. Ela, ainda sem saber de nada e sem declarar coisa alguma, permanecia estática. Ele não sabia o que fazer, mas sabia que algo deveria ser feito. Então chegou a conclusão que nada mais poderia continuar como estava, pois somente ele é que estava sentindo alguma coisa. Chorou sozinho no seu quarto, pensando no dia seguinte. O dia em que tudo finalmente iria acontecer.

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